O ecofeminismo nasceu antes do surgimento do próprio termo. E isso se deve a um motivo simples: a História sempre contou com mulheres de luta em suas páginas, que não aceitavam as imposições e amarras da sociedade. Algumas foram líderes de suas comunidades, outras lideraram revoluções. E hoje, o desafio que se coloca é aliar essa luta a outra, tão importante quanto: a defesa do meio ambiente e a busca por uma economia justa, para além das mazelas do capitalismo. Neste texto, Miriam Nobre * apresenta princípios do ecofeminismo e da economia feminista, seguidos por sua concretização em  práticas coletivas de mulheres agroecológicas

Mulheres que se afirmam como sujeitos coletivos, lutam contra a opressão e concomitantemente afirmam uma relação harmoniosa com a natureza, existem desde muito tempo. Quilombos liderados por mulheres, por exemplo, constituíam-se em espaços de liberdade ao mesmo tempo em que seu plantio diverso voltado para o autoconsumo fazia frente à monocultura da cana que esgotava o solo e as pessoas.

Como diz o belo conto de Eduardo Galeano (2015), as mulheres escravizadas no Suriname antes de escapar enchiam a cabeleira de sementes de milho, feijão, abóbora e chegando nos refúgios dentro da mata “sacodem a cabeça e fecundam, assim, a terra livre”. 

Porém, o termo “ecofeminista” foi publicado pela primeira vez pela feminista francesa Françoise D’Eaubonne em 1974 (Siliprandi, 2015). A relação entre o feminismo e o ambientalismo se dava no âmbito das lutas de feministas pacifistas contra a energia nuclear e o militarismo. Esta corrente feminista com trajetórias diversas pontuou debates dentro do movimento ambientalista, mas também do feminismo. Um exemplo é a contestação de vertentes neomalthusianas que consideram o aumento populacional, em especial entre mulheres pobres do sul, como pressão sobre os recursos naturais.

As ecofeministas questionam o olhar sobre a natureza como recurso e denunciam que sua destruição deriva de um consumo excessivo pelos países do norte e elites do sul global. Frente ao controle da natalidade imposto, chegando à violenta esterilização em massa de mulheres pobres e indígenas no Peru durante a ditadura de Fujimori, elas afirmam os direitos reprodutivos das mulheres e o uso de métodos contraceptivos com seu pleno conhecimento e controle. 

Do ponto de vista epistemológico, sua contribuição é o questionamento da separação entre natureza e cultura, e a ideia de superioridade da cultura, que caracterizam o pensamento e a ciência ocidental.  Nós seres humanos também somos natureza. Natureza e sociedade evoluíram e evoluem de forma conjunta (co-evolução). Exemplo disto é que nos territórios de comunidades tradicionais, inclusive nos caminhos por onde transitam, existe uma grande diversidade de plantas e animais, ou seja, constituem uma sociobiodiversidade. Além do mais, há uma correspondência entre as necessidades alimentares de nosso corpo e os ciclos das plantas. A ideia de que a humanidade e sua cultura são superiores à natureza justifica violências, como os desmatamentos e monoculturas, que têm a mesma motivação que a violência contra as mulheres. 

Esta associação aparece nos escritos do filósofo Francis Bacon que, no final do século XVI, instaura as bases da ciência moderna descrevendo a natureza como uma mulher cujos segredos têm que ser arrancados mediante tortura. Neste mesmo momento histórico, mulheres conhecedoras das ervas e seus usos, que acompanhavam outras mulheres em partos e abortos, eram julgadas nos tribunais da Inquisição e queimadas como bruxas. A imposição de uma lógica mecanicista na ciência demandou a derrota das mulheres que vivenciavam relações complexas com a natureza (Frederici, 2017).

Por esta razão o ecofeminismo manifestou sua crítica a vertentes feministas movidas pela inclusão das mulheres na sociedade e na economia tal como estão estruturadas (feminismo liberal), com demandas como a entrada das mulheres nas forças armadas, o acesso das agricultoras às tecnologias da chamada revolução verde (ver abaixo) ou sua integração nos postos de comando de corporações transnacionais. Também questionou setores do movimento que apostaram em tecnologias desconectadas da natureza para liberar o tempo das mulheres dedicado ao trabalho doméstico (como o uso de comida rápida e ultraprocessada), ou que consideram o corpo e as fases da vida como um constrangimento (uso de supressores da menstruação ou adição de hormônios na menopausa).

No entanto, vertentes do ecofeminismo que defendem a existência de uma essência feminina, associada à maternidade biológica, têm sido questionadas por ocultar diferenças e desigualdades entre mulheres, por considerar a oposição masculino/feminino característica das sociedades ocidentais como universal e a-histórica, por dar justificativa à responsabilização exclusiva das mulheres e no âmbito privado pelos cuidados.

Aquelas vertentes nomeadas de construtivistas pela filósofa feminista Alicia Puleo (2012) têm maior diálogo e mesmo inserção em movimentos sociais, e contribuem fortemente para uma crítica à ideia de desenvolvimento e os projetos de desenvolvimento impostos ao sul global. A física indiana Vandana Shiva expressa este debate desde seus relatos sobre o Movimento Chipko, de camponesas indianas que abraçaram árvores para impedir sua derrubada, como os empates que famílias seringueiras realizaram no Acre nos anos 1980 no mesmo período, além de criticar a chamada revolução verde, onde os manejos tradicionais perderam espaço para a tecnologia na produção, com a participação de grandes corporações, causando endividamento, perda de terras pelos camponeses, expansão de monoculturas, perda de biodiversidade, contaminação de água e solos, e mesmo a fome que supostamente iria combater.

Estes sistemas supostamente superam as incertezas da natureza, mas a única certeza que de fato podem dar é a concentração de poder e o controle nas mãos de corporações transnacionais.

Economia feminista

No final dos anos 1990, o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial impunham mundo afora políticas de ajuste estrutural para manter o pagamento da dívida pública e seus juros escorchantes. O neoliberalismo sustentava estas políticas, argumentando que o mercado poderia prover estes serviços melhor do que o Estado.

Parte do movimento feminista se posicionava contra estas políticas, denunciando que a redução dos índices de desigualdade entre homens e mulheres não poderia se dar pela piora da situação dos homens, nem pelo acesso das mulheres à remuneração por meio de trabalhos precários e sem direitos. Mas é o que ocorria nas chamadas maquiladoras, empresas latino-americanas que apenas juntam peças produzidas em outros países, outras empresas ou mesmo domicílios só maquiando o produto final, ou sweatshops na Ásia, literalmente fábricas movidas a suor. 

Foi neste contexto que nós da SOF (Sempreviva Organização Feminista) conhecemos a REMTE (Red Latinoamericana Mujeres Transformando la Economia) (Faria e Moreno, 2015). Com elas buscamos entender como o neoliberalismo e as políticas de ajuste estrutural se assentavam no patriarcado, para aumentar a exploração do trabalho das mulheres e transferir custos das empresas e do Estado para as mulheres em seus domicílios. Quando uma empresa fecha o refeitório alegando reduzir custos, as pessoas trabalhadoras não deixam de comer, mas trazem comida feita em casa, muito provavelmente por sua companheira ou mãe. Quando o Estado corta recursos que mantém creches, as crianças não deixam de necessitar material de higiene ou brinquedos que serão comprados muito provavelmente com recursos mobilizados por mães e avós em bingos e quermesses. A proposta era construir uma análise que fosse além dos impactos diferenciados para homens e mulheres destas políticas, mas entender como se entrelaçam construções de gênero, classe e raça na sustentação do capitalismo nesta fase de acumulação.

A economia feminista foi então a ferramenta analítica que passamos a usar com leitura coletiva de livro organizado pela economista chilena Cristina Carrasco (1999) e a organização da Rede Economia e Feminismo com agenda de diálogo e ação na economia solidária, agroecologia e trabalho, além de artigos que apresentavam uma visão articulada entre produção (produção de bens e serviços que circulam no mercado ou por meio do Estado) e a reprodução (produção das pessoas, da relação entre elas e entre gerações e da natureza).

No entendimento da sociedade e da economia capitalista destacamos a separação entre produção e reprodução, inclusive espacialmente na fábrica e na casa; a atribuição prioritária dos homens à produção e das mulheres, à reprodução; e a hierarquia: as lógicas e tempos da produção organizam a vida e são considerados mais importantes ou determinantes do que a reprodução. No entanto, este exercício didático pode esconder alguns fatos, como o de que mulheres negras e pobres sempre trabalharam e nunca se restringiram ao cuidado de sua família; ou que a casa pode ser um local de produção, como no trabalho em domicílio; ou que há outras formas de organização econômica, como o campesinato ou as comunidades tradicionais, em que as fronteiras entre produção e reprodução são muito mais fluídas. Para além disto, o que estas autoras nos chamam a atenção é que mesmo no sistema capitalista não existe produção sem reprodução social da vida e que nossa atenção deve voltar-se para os nexos entre elas.

Com a percepção voltada para a vida, (nos) compreendemos como interdependentes e ecodependentes (Herrero, 2020). Nós, seres humanos, necessitamos de cuidados em alguma etapa de nossas vidas – quando somos crianças, quando estamos doentes ou no avançar da idade, quando diminuem nossas capacidades motoras ou intelectuais. Também somos intrinsecamente seres relacionais. Precisamos de segurança emocional e afeto para desenvolver nossa autoconfiança e nossas habilidades de interação com outras pessoas e seres. A fim de nos tornarmos seres humanos autônomos, nós sempre necessitamos de cuidado.

A sociedade capitalista, patriarcal e racista se baseia na distribuição desigual dos cuidados. Em geral, as mulheres cuidam mais do que os homens. As mulheres negras, indígenas e migrantes cuidam mais ainda. Esta imposição é velada, pela naturalização das habilidades desenvolvidas pelas mulheres ao longo de sua socialização como mulheres para estarem atentas ao cuidado do outro e pela ideologia da maternidade como destino.

Somos natureza e dela provém alimento, abrigo, energia, minerais que necessitamos para responder às necessidades básicas que temos. Da mesma forma, nesta sociedade a distribuição desigual do acesso à natureza se manifesta pela propriedade privada que impede trabalhadoras sem terra de produzir alimentos e que aloja resíduos tóxicos em comunidades racializadas e pobres.

Sendo assim, a economia feminista destaca que a contradição do capital vai além do trabalho e se constitui em um conflito capital X vida (SOF e XXK, 2021). A precariedade e as incertezas marcam a vida da maioria das pessoas que se tornam descartáveis mediante a superexploração no trabalho, a violência policial ou o descaso com a saúde pública. Enquanto a vida de pessoas em posição de privilégio – homens, burgueses, brancos, adultos e heterossexuais – drena recursos materiais, afetivos e simbólicos.

A organização econômica desta fase do capital se entrelaça com o conservadorismo moral e político. As inovações tecnológicas vão no sentido de maior controle da vida pelas corporações transnacionais. Os aplicativos de entrega, fazem com que as pessoas permaneçam disponíveis para o trabalho em extensas jornadas. As redes sociais fazem com que as pessoas permaneçam disponíveis para os dispositivos (aparelhos celulares, tablets, computadores) em tempo quase integral.

Diálogos entre ecofeminismo e economia feminista em práticas coletivas

Várias iniciativas articulam a economia feminista e o ecofeminismo atualmente. Citaremos três exemplos que se inserem na atuação do Grupo de Trabalho de Mulheres da Articulação Nacional de Agroecologia (GT de mulheres da ANA). O GT, criado em 2004, reúne agricultoras, técnicas, pesquisadoras, servidoras públicas e de ONGs, mulheres organizadas em movimentos mistos (onde participam mulheres e homens) e autônomos (onde participam mulheres). A SOF participa do GT desde sua criação e com muitas das companheiras que o compõem compartilham atuação na REF Rede Economia e Feminismo e na Marcha Mundial das Mulheres. Já foram realizados processos nacionais de formação feminista, de sistematização de experiências agroecológica de mulheres, co-construção de políticas públicas e mobilizações várias.

As Cadernetas Agroecológicas são um instrumento político-pedagógico de registro do destino da produção pelas agricultoras: autoconsumo, doação, troca e venda. Este processo coordenado pelo GT de mulheres da ANA envolveu 299 agricultoras de todo o Brasil que fizeram o registro entre março de 2017 e fevereiro de 2018. A totalização dos valores anotados na Caderneta alcançou quase R$ 1,5 milhão, sendo 40,2% de relações não mercantis (autoconsumo, doação e troca) usualmente invisíveis para a economia dominante. 

Outro dado interessante é que mesmo nas vendas, as agricultoras participam de circuitos de comercialização de proximidade, que em sua maioria se organizam com base na reciprocidade e solidariedade e valorizam produtos considerados femininos e “miudezas”. 52% das agricultoras vendiam em casa, na maior parte das vezes para vizinhas, 49% participavam das compras governamentais (PAA, PNAE) e 39% participavam de feiras agroecológicas. No Sudeste o valor médio comercializado nas feiras agroecológicas (R$ 638,84), cerca de 44% superior ao comercializado em feiras convencionais. 

A relação com a dimensão ambiental se dá pela constatação da grande variedade de produtos anotados, como 627 tipos de alimentos vegetais, 138 de sementes e mudas e 133 de plantas medicinais e ervas aromáticas. Entre os vegetais também é grande a variedade. Na região Sudeste foram 37 tipos de frutas, entre elas 10 variedades de banana e 5 de laranja. (Weitzman e outras, 2021). A variedade dos cultivos das mulheres também foi representada em mapas da sociobiodiversidade que demonstraram os espaços de produção sobre sua responsabilidade ao redor da casa, os quintais, como espaços de experimentação.

A Assistência Técnica e Extensão Rural – ATER Agroecologia realizada durante os governos populares envolveu mais de 55 mil famílias de agricultores. A construção desta política pública contou com intensa participação dos movimentos sociais, inclusive de feministas agroecológicas. Desta forma foi definido que o público deveria contemplar pelo menos 50% de mulheres, e pelo menos 30% dos recursos deveriam ser destinados a atividades realizadas com mulheres. A caracterização da unidade de produção realizada junto com as famílias envolvia um exercício de registro dos usos do tempo pelos diferentes integrantes da família segundo sexo e idade e organizados em tempos de trabalho de mercado, de trabalho doméstico e de cuidados, de necessidades pessoais, de participação cidadã e lazer.

Durante a formação com as técnicas que executavam a ATER, ouvimos relatos de quão instigadora esta atividade havia sido. A reflexão realizada por técnicas, agricultoras e agricultores que nunca haviam participado de um debate feminista constatou desigualdades e injustiças. As mulheres são as primeiras que levantam, as últimas a irem se deitar e realizam uma série de atividades simultaneamente. Ainda assim, quando nós da SOF, utilizando o mesmo quadro, perguntamos quanto tempo uma agricultora dedicava ao cuidado dos filhos, ela respondeu que era todo o tempo. Mesmo dormindo ela estava pendente deles e podia levantar-se prontamente caso a chamassem. Por este motivo que economistas feministas se referem ao cuidado como uma disponibilidade permanente das mulheres em relação ao outro. 

Pesquisa dos usos do tempo realizada no Sertão do Pajeú junto a mulheres rurais também identificou a dificuldade em registrar a simultaneidade das tarefas e em classificá-las (Moraes e outras, 2020). Uma visita à vizinha poderia ser considerada uma atividade de lazer. No entanto, elas perceberam que as visitas aconteciam porque a agricultora se preocupava com o risco de depressão de sua vizinha, o que elas consideraram muito mais próximo a uma atividade de cuidado e a uma obrigação moral. 

Por outro lado, muitas vezes as agricultoras estão na horta, na agrofloresta trabalhando, experimentando, observando e desfrutando há um só tempo. Os tempos da natureza, a estação de seca e de chuva, os ciclos das plantas demandam mais ou menos atenção e cuidado que se combinam com os tempos das relações. Como nos contou Aparecida XX agricultora da Barra do Turvo: ela cuida da planta e a planta cuida dela.

A dimensão do cuidado se evidenciou durante a pandemia. Memórias sistematizadas nas regiões Nordeste e Sudeste demonstram como as redes de agricultoras fortaleceram e criaram alianças com coletivos de pessoas trabalhadoras na cidade na compra de alimentos agroecológicos (Nobre, 2021). Muitos destes coletivos ampliaram suas ações ou se organizaram em torno à solidariedade com pessoas em situação de vulnerabilidade, como indígenas guarani, estudantes privados de alimentação escolar ou mães solo, além de terem mantido canais de comercialização quando outros foram interrompidos. Alguns coletivos envolveram a reflexão sobre a alimentação, recuperando sabores e texturas perdidos devido à imposição de padrões alimentares homogêneos e controlados por corporações transnacionais. Comer foi sendo vivenciado como cuidado à saúde, aumento da imunidade e um ato político. 

As redes de agricultoras rurais ou urbanas funcionaram como acolhimento e escuta. Tantas demandas e tensões colocou para os grupos a importância do autocuidado e do cuidado coletivo. O GT de mulheres da Articulação Agroecológica do Rio de Janeiro (AARJ ), por exemplo, organizou cestas de alimentos, ervas medicinais e homeopatia popular entregues a 200 mulheres. Em muitas regiões, saberes ancestrais de plantas medicinais foram resgatados para tratar dos sintomas da Covid-19. Mulheres lideranças permaneceram atentas às pessoas necessitando de cuidados físicos e emocionais em seu entorno. Atentas também estiveram aos necessários cuidados ao território afetado por mudanças climáticas (seca, muita chuva, geada) e ameaças de fazendeiros e empresas.  

Estes processos coletivos de produção e distribuição de comida agroecológica reorganizam práticas econômicas e políticas. Desvelam que a natureza e os cuidados sustentam a vida e sua reprodução. Realizados majoritariamente por mulheres, muitas delas negras e indígenas, são trabalhos e conhecimentos desvalorizados e ocultados pelo capitalismo patriarcal e racista. O ecofeminismo e a economia feminista são como um tear para tessituras de memórias e (re)invenções. 

Bibliografia

Carrasco, Cristina. Mujeres y economía: nuevas perspectivas para viejos y nuevos problemas. Barcelona: Ed. Icaria, 1999

Faria, Nalu e Moreno, Renata (org.). Las mujeres contra el libre comercio. Una historia de resistencia y lucha. São Paulo: REMTE, 2015.

Frederici, Silvia. Calibã e a bruxa: mulheres, corpo e acumulação primitiva. Tradução: Coletivo Sycorax. São Paulo: Ed. Elefante, 2017.

Galeano, Eduardo. Mulheres. Porto Alegre/São Paulo: Ed. LP&M, 2015.

Herrero, Yayo. Economia ecológica e economia feminista: um diálogo necessário. In SOF: Economia feminista e ecológica. Resistências e retomadas de corpos e território. São Paulo: SOF, 2020. 

Moraes, Lorena Lima, Ponter, Nicole, Sieber, Shana, Funari, Juliana, Nascimento, Nathália, Marques, Patrícia. Metodologias, trabalho uso do tempo: compreendendo a rotina de mulheres rurais. In Melo, Hildete Pereira de e Moraes, Lorena Lima de. A arte de tecer o tempo. Perspectivas feministas. Campinas: Pontes editores, 2020.

Nobre, Miriam (org). Um meio tempo preparando outro tempo.  Cuidados, produção de alimentos e organização de mulheres agroecológicas na pandemia. São Paulo: SOF, 2021.

Nobre, Miriam. Gênero e autonomia econômica para as mulheres. Caderno de formação. Brasília: Secretaria Nacional de Política para as Mulheres e ONU Mulheres, 2016.

Puleo, Alicia. Anjos do ecossistema? In Faria, Nalu e Moreno, Tica (org.). Análises feministas: outro olhar sobre economia e ecologia. São Paulo: SOF, 2012.

Shiva, Vandana. Abrazar la vida: mujer, ecología y supervivencia. Madri:  Ed. Horas y Horas, 1995

Siliprandi, Emma. Mulheres e Agroecologia. Transformando o campo, a floresta e as pessoas. Rio de Janeiro, Ed. UFRJ, 2015.

SOF e XXK. Juntas e misturas: explorando territórios da economia feminista. São Paulo/Bilbao: SOF e XXK, 2021. Disponível em  https://www.sof.org.br/wp-content/uploads/2021/06/Juntas-e-misturadas_V7.pdf 

Weitzman, Rodica, Schottz, Vanessa e Pacheco, Maria Emília. Mulheres construindo a agroecologia: caminhos para a soberania e segurança alimentar e nutricional. In Rody, Thalita; Telles, Liliam (org). Caderneta Agroecológica: o saber e o fazer das mulheres do campo, das florestas e das águas. Viçosa: CTA-ZM, UFV, 2021. No prelo.

* Agrônoma, integrante da equipe da SOF Sempreviva Organização Feminista, da coordenação do GT de mulheres da ANA e da REF Rede Economia e Feminismo. Militante da Marcha Mundial das Mulheres